A
FIMAPROM, tem
uma história de conquistas sólidas, e os movimentos que lhe deram origem se
inserem em um contexto que remonta a origem da luta dos movimentos de
moradia nas regiões sul e sudoeste de São Paulo, ante a perspectiva da
abertura política (1980-1982).
A CONQUISTA DA GLEBA DOS ADVENTISTAS Em 1983, grupos organizados da Vila Remo, Parque Santo Antônio, Parque Regina e Jardim Comercial conquistaram da prefeitura um projeto para a gleba do Instituto Adventista de Ensino (IAE), no Capão Redondo, desapropriada em 31 de maio. As obras de terraplenagem começaram em 03 de julho de 1984. Dezenas de reuniões na sede da COHAB discutiram o projeto.
No dia 31 de março de
1985, os movimentos da Vila Remo e do Parque Santo Antônio junto ao grupo da
demanda do Jardim Comercial formaram a Associação Pró-Moradia da Zona Sul.
Logo depois, em 1º. de julho, as obras do mutirão da Cohab Adventista
tiveram início. No final das obras, a sede da entidade passou a ser na
própria área do mutirão. Uma creche comunitária também foi ali instalada,
funcionando sob a responsabilidade da associação até o início de 1.993. A
creche chegou a manter 20 empregadas e atender a mais de 110 crianças (de 0
a 4 anos). Devido ao acúmulo de atividades relacionadas diretamente à causa
da luta por moradia, o tempo e a disponibilidade da entidade para gerir a
creche ficara escasso, portanto a Associação optou por passar a
Administração da creche para um grupo religioso católico comandado pelo
padre Gunter, grande líder na região, que já dirigia outras creches e
dispunha de todos os recursos necessários para levar adiante esse trabalho,
que até o momento vem sendo conduzido com êxito.
ATIVIDADES COMUNITÁRIAS O objetivo principal da Pró-Moradia é a conquista de moradia, mas ao longo dos anos a entidade tem promovido muitas atividades de caráter social e comunitário. Além da creche comunitária que funcionou junto à sede e sob responsabilidade da entidade, a Pró-Moradia participou do Projeto Unicon e do MOVA (alfabetização de adultos), e manteve em funcionamento uma escola de corte e costura, uma oficina de marcenaria e grupos de teatro e de dança. A entidade também já manteve um núcleo de ensino de computação voltado à associados e filhos de associados.
Atualmente, além de parte
desses benefícios, foram criados e colocados a disposição de sócios
“selecionados”, bolsas para Administração, Enfermagem e Extensão de
Informática cursados em órgãos particulares e custeado pela entidade.
ATIVIDADES ASSISTENCIAIS
Manteve também um
atendimento aos associados para questões de contabilidade e de assistência
jurídica, gratuitos. Além disso, a entidade entregou cestas básicas,
medicamentos e reembolso de despesas com água e energia para sócios, e
entregou dezenas de cadeiras de rodas para associados ou dependentes destes.
Hoje mantém apenas os serviços de: Orientação e encaminhamento para
aposentadoria, emprego, assistência jurídica e distribuição de cestas
básicas para famílias carentes de associados da
FIMAPROM.
Contamos também
com grupos que encontram-se em formação, que já
atuam comunitariamente no intuito de conscientizar e dar apoio a sociedade
no segmento da Saúde, Segurança, Educação, Transporte, Discriminação como um
todo, Ecologia, Esporte e lazer.
A FORMAÇÃO DA FEDERAÇÃO A partir da expansão do trabalho da Associação Pró-Moradia da Zona Sul surgiram outros movimentos, alguns deles se aglutinaram em torno de outras lideranças. Em 1997, com apenas 7 movimentos e muita coragem, “o idealizador José Valdeci Evangelista” e outros líderes criaram a FIMAPROM. A herança histórica da luta dos movimentos da região faz com que a FIMAPROM ainda hoje se confunda com a Pró-Moradia, e os estatutos consagraram esta opção: a federação também pode adotar o nome Pró-Moradia. |